APRESENTAÇÃO
O I Encontro Brasileiro de
Imaginário e Ecolinguística (EBIME) tem o objetivo de divulgar os avanços
científicos nos estudos que relacionam a antropologia do imaginário de Gilbert
Durand - que estuda a simbologia das representações humanas a partir do
psiquismo, biologismo, organização social e linguagem - aos estudos de
Ecolinguística - que estuda a relação entre população, língua e meio ambiente
natural, mental e social.
O Encontro Brasileiro de
Imaginário e Ecolinguística (EBIME) é uma realização do Núcleo de Estudos de
Ecolinguística e Imaginário (NELIM/CNPq) que há cinco anos desenvolve pesquisas
promovendo o diálogo entre a antropologia do imaginário e outras linhas de
estudo, neste caso, a Ecolinguística que vem sendo desenvolvida atualmente na
UnB. O diálogo entre essas duas linhas de estudo propicia uma visão holística
do ser humano em interação com o seu imaginário, grupo social e meio ambiente.
Daí a crescente relevância das temáticas para os estudos da linguagem e da
sociedade.A atualidade da discussão sobre a relação que o homem estabelece com
o meio ambiente também entra como importante justificativa para esse evento,
dada à efervescência nos estudos sobre a natureza e a universalidade entre o
homem e o seu meio natural, mental e social.
Este caderno está dividido
em duas seções: na primeira se encontram os resumos de todas as apresentações
que aconteceram no evento; à segunda, resumos expandidos.
Aqui
estão alguns dos principais trabalhos apresentados durante o I Encontro
Brasileiro de Imaginário e Ecolinguística (I EBIME), realizado na Universidade
Federal de Goiás, Goiânia, nos dias 5 e 6 de dezembro de 2013. O encontro foi
em homenagem a Maria Thereza de Queiroz Guimarães Strôngoli, que pronunciou a
palestra de abertura, intitulada Revisitando as Estruturas de Regimes do
Imaginário, seguida da de Hildo Honório do Couto, sobre Análise do
Discurso Ecológica (ADE). No Brasil, a antropologia do imaginário foi
introduzida nos estudos linguísticos por Maria Thereza e a ecolinguística por
Hildo. Uma das principais contribuições dela foi a proposta de um regime crepuscular,
que deveria ser acrescentado aos dois previstos por Gilbert Durand, ou seja, o diurno
e o noturno. Além disso, ela
formou muitos alunos na PUC-SP, entre eles Elza Kioko N. N. do Couto. Quanto a
Hildo, ele é o introdutor da ecolinguística em nosso país, tendo sido chamado
de “o pai da ecolinguística no Brasil” pelo boletim da UnB chamado UnB Hoje,
disponível também online.
Hildo já foi homenageado no ano
de 2013 com o livro Da fonologia à ecolinguística: Ensaios em homenagem a
Hildo Honório do Couto (Brasília: Thesaurus, 2013), organizado por seus
parceiros de pesquisa Elza Kioko Nakayama Nenoki do Couto, Davi Borges de
Albuquerque e Gilberto Paulino de Araújo. O livro é formado por ensaios de
amigos brasileiros e estrangeiros com os quais o homenageado tem interagido ao
longo de sua carreira acadêmica. Incialmente temos três depoimentos sobre ele,
seguidos de três ensaios de fonologia (área em que atuou por mais de 20 anos na
UnB), cinco de contato de línguas e crioulística (área em que publicou artigos
e ensaios, além de ter criado a revista de crioulística Papia), oito de
ecolinguística e seis resenhas de livros seus, além de um prefácio sobre sua
vida acadêmica.
Como já foi dito, em 6 e 7 de
julho de 2012, foi realizado na Universidade de Brasília o I Encontro
Brasileiro de Ecolinguística (I EBE), do qual temos uma seleção de trabalhos
publicados na revista Cadernos de linguagem e sociedade 14(1), 2013,
disponível em papel e online. O I EBIME foi inspirado por ele, inclusive
no nome. Nossa intenção é que o EBE se realize nos anos pares e o EBIME nos
anos ímpares. O primeiro tem suas raízes na UnB, enquanto que o segundo surgiu
na Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
O I EBIME teve como objetivo fomentar os estudos e a produção científica com enfoque na
relação homem, ambiente natural, mental e social, sustentada pela antropologia
do imaginário, promovendo um amplo debate sobre a relação entre
metáfora, ecolinguística e imaginário.
O I EBIME abriu espaço, em sua
primeira edição, para uma frutífera interação entre pesquisadores das duas
linhas de pesquisa, antropologia do imaginário e ccolinguistica. Os
resumos mantêm a ênfase no diálogo entre
as duas linhas.
O evento teve participantes de
vários estados do Brasil, como Distrito Federal, São Paulo, Bahia, Rio de
Janeiro. Ele foi aberto por Elza do Couto com as seguintes palavras:
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